Acadêmicos realizam pesquisa sobre distúrbios psicológicos em estudantes de Medicina

Estudo desenvolvido por estudantes de Medicina encontra-se na etapa de levantamento referencial

Acadêmicos de Medicina do Centro Universitário Integrado, entre o 5°e o 10° período do curso, estão desenvolvendo um estudo sobre a prevalência de distúrbios psicológicos em estudantes de Medicina do Noroeste do Paraná. A pesquisa é orientada pela professora Drª. Amanda Nunes Santiago, coordenadora do Grupo de Pesquisa em Neurociência da Aprendizagem e Memória do Centro Universitário Integrado. 

O projeto, intitulado “Avaliação da prevalência de distúrbios de ordem psicológica em estudantes de medicina na região noroeste do Paraná” encontra-se na etapa de levantamento referencial e elaboração do questionário que será aplicado aos acadêmicos de medicina, com mais de 18 anos, das instituições Centro Universitário Integrado, Unicesumar, Uningá, Universidade Estadual de Maringá (UEM) e Unipar. Será utilizado um questionário estruturado a ser aplicado por meio online ao público alvo.  Como próxima etapa, espera-se a divulgação e liberação do questionário para a coleta de dados. Desse modo, com o decorrer da pesquisa, o grupo pretende compreender as questões psicológicas nos acadêmicos de medicina e entender as fontes dos problemas, além de como estão lidando com essas questões e informações epidemiológicas específicas sobre os principais transtornos. Assim será possível a recomendação de medidas pedagógicas e psicológicas apropriadas de intervenção.

De forma geral, os estudantes de cursos de medicina estão submetidos a uma rotina intensa de deveres, a qual pode levar ao esgotamento emocional e ao desenvolvimento de sintomas ansiosos e depressivos. No decorrer dos anos cursados, as obrigações ampliam-se gradativamente, ocasionando aflições e anseios que podem afetar substancialmente a saúde. Os distúrbios neuropsiquiátricos causam preocupação entre as instituições de ensino e profissionais da área, devido ao aumento de sua incidência. Dentre os diferentes corpos sociais, os estudantes do Ensino Superior possuem maior vulnerabilidade para desenvolver transtornos de ansiedade e depressão.

Atualmente, diversos estudos comprovam uma sobreposição no âmbito quantitativo de transtornos psiquiátricos entre os estudantes de medicina, em comparação a outros grupos sociais. Dessa forma, a primeira intervenção que se pode fazer é conhecer a prevalência de transtornos psiquiátricos dentro das universidades. O rastreamento desses distúrbios em estudantes de Medicina torna-se fator de extrema importância, uma vez que estudos revelam que mais de 60% dos estudantes de Medicina são subtratados e/ou não buscam tratamento.

O Grupo de Pesquisa em Neurociência da Aprendizagem e Memória está cadastrado no Diretório de grupos de pesquisa do CNPq, tendo sido instituído por meio do NEPE – Núcleo de Empreendedorismo, Pesquisa e Extensão do Centro Universitário Integrado.